quinta-feira, 21 de setembro de 2017

"Outro dia" e o preconceito?


   Hey gente! ^^
  Essa semana as redes sociais foram atacadas por memes e postagens, inclusive de famosos, referentes a "Cura Gay". A homofobia, o preconceito, de modo geral, é um assunto recorrente em nosso país, praticamente colado com a violência, com a depressão e até mesmo com o suicídio. O que nos leva, também, ao Setembro Amarelo.
   Não sou dessas pessoas que gostam de polemizar, não vim aqui com quatro pedras na mão quando tenho consciência de que não tenho total conhecimento sobre o andamento desse movimento. Mas acredito que pensar sobre a nossa sociedade através dos livros é como ver a vida por um novo ângulo, e é isso que trago nesse post para vocês.
   Pensando apenas em tentar trazer um pouquinho de argumentação em prol da liberdade e, tão importante quanto, da igualdade, separei uns trechinhos do livro do autor David Levithan que ilustra algumas dessas reflexões num livro que pode ser lido em - coincidentemente - um dia.


   
   Através da liminar onde se deixa em aberto a possibilidade de um tratamento com psicólogos para a "reversão sexual", uma onda de comentários sobre #sergaynãoédoença dominou o país. Uma terapia reparativa ou de reorientação sexual que já foi proibida em diversos países por não ter embasamento científico e poder causar danos psíquicos com seu procedimento. 
    É como um ambiente distópico onde a heterossexualidade é o nível padrão/normal que deve ser conquistado, e a homossexualidade a "doença mental". Sou obrigada a me referir desse modo, pois eu sempre digo: se você olhar bem, nós vivemos em uma distopia. Antigamente as pessoas eram queimadas em fogueiras com suspeitas de que eram bruxas, os que nascessem com Síndrome de Down eram tidos como "possuídos pelo demônio", ou coisa parecida. Até onde vamos em busca de padrões? Bum! Daqui a pouco seremos dominados pelos robôs...

“Na minha experiência, desejo é desejo, amor é amor. Nunca me apaixonei por um gênero. Apaixonei-me por indivíduos. Sei que é difícil as pessoas fazerem isso, mas não entendo por que é tão complicado, quando é tão óbvio.” A - Todo Dia

    Cair esse debate justamente no Setembro Amarelo nos faz pensar ainda mais nas estatísticas de suicídios, incluindo os causados por homossexuais - que sofrem preconceito e até mesmo violência (física, verbal...) dentro e fora de seus círculos sociais. A questão de preconceito ainda envolve seu nível econômico, sua raça, etc. Um assunto muito sério e que precisa ser lembrado para que esses tipos de violência contra a vida sejam combatidos, não só contra os homossexuais, mas a todos os LGBTs e a qualquer forma de opressão de liberdade humana.
   Refletindo sobre tudo isso só pude pensar em Outro dia, do Levithan. É a visão da protagonista, Rhiannon, com base no livro Todo Dia, que é narrado pelo A (esse eu ainda não li, mas quero muito!). 



SINOPSE: 
"Um dos mais inovadores autores de livros jovem adulto e o primeiro a emplacar uma trama gay na lista do New York Times, David Levithan retoma a sua mais emblemática trama em "Outro Dia". Aqui, a já celebrada — com várias resenhas elogiosas — história de "Todo Dia" é mostrada sob o ponto de vista de Rhiannon. A jovem, presa em um relacionamento abusivo, conhece A, por quem se apaixona. Só que A, acorda todo dia em um corpo diferente. Não importa o lugar, o gênero ou a personalidade, A precisa se adaptar ao novo corpo, mesmo que só por um dia. Mas embarcar nessa paixão também traz desafios para Rhiannon. Todos eles mostrados aqui."
    O enredo desse livro é daqueles que te pegam desprevenido: o personagem principal vive várias vidas. A ideia de estar apaixonado por Rhiannon faz com que A nos mostre como é não se importar com raça ou gênero, ele é simplesmente o A. E isso faz com que Rhiannon também se pergunte sobre a vida...


"Será que faz sentido Preston ser considerado O Gay quando nenhum de nós é visto como O Hétero? Será que faz sentido o pai de Stephanie ter surtado quando ela (brevemente) namorou Aaron, porque Aaron é negro?"

     Toda essa mensagem por trás, de não se olhar aparências e sim a essência do ser humano é o que precisa ser colocado em jogo: viva a diferença! É um livro que nos faz refletir bastante sobre o ser humano, sobre nossa sociedade e sobre relacionamentos. Vale a pena conferir e tem resenha aqui no blog!


"Será que faz sentido que algumas pessoas tenham tudo que querem porque são bonitas? Será que seríamos pessoas mais legais - ou, ao menos, um pouco mais humildes - se tivéssemos que trocar de corpo todos os dias?"

    Bom gente, espero que tenham gostado do post, de conhecer o livro e, caso já leram, deixe nos comentários suas impressões. 
     Viva a igualdade! (É claro que eu poderia falar bastante sobre isso, mas a ideia era justamente fazer um post leve e reflexivo sobre o tema. Precisamos de mais amor nas redes sociais também!) Bora ser feliz e até a próxima! xD

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